Em debate no Instituto Fernando Henrique Cardoso, professores da USP e de outras instituições avaliam como a inteligência artificial pode tanto agravar quanto contribuir positivamente para os desafios das mudanças climáticas
“Eu quero uma inteligência artificial (IA) que faça o bem para a humanidade, que seja ética. É uma promessa […]. Para ter isso, a IA tem que ser domesticada, tem que ter fronteiras, saber o que ela pode e não pode fazer. Domesticar, para mim, significa regulamentar, colocar padrões”, destaca Glauco Arbix, professor da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP, coordenador do Observatório da Inovação do Instituto de Estudos Avançados (IEA) e da área de Humanidades do Centro de Inteligência Artificial (USP-Fapesp-IBM).
Para a professora Patrícia Iglecias, superintendente de Gestão Ambiental (SGA) da USP e presidente do Instituto O Direito por um Planeta Verde, existe uma diferença entre impacto e dano ambiental. “Agora, ela (a IA) vai ter impactos? Vai. Porque viver causa impacto. A atividade também vai impactar, mas cabe ao Direito e ao legislador trazer parâmetros para esse impacto, para que ele não se torne um dano”, explica.
Os minidocumentários se concentram em três temas: Inteligência Artificial e Mudanças Climáticas, que aborda a relação paradoxal entre inteligência artificial e meio ambiente, e mostra como essas tecnologias podem tanto agravar quanto contribuir positivamente para os desafios das mudanças climáticas; Big Techs e Regulação Ambiental, que explora a concentração de poder das grandes empresas de tecnologia no campo da inteligência artificial e os desafios de regular e promover a sustentabilidade nesse setor e explica ainda os potenciais benefícios e riscos para o Brasil; e Regulação Ambiental da Inteligência Artificial, no qual se discute a regulação ambiental existente no Brasil e se analisa as possibilidades de aperfeiçoar esses mecanismos para lidar com a inteligência artificial e a necessidade de criar novos parâmetros regulatórios.
Também participam da série Dora Kaufman, professora do Programa de Tecnologias da Inteligência e Design Digital da Faculdade de Ciências e Tecnologia da PUC-SP e colunista da Época Negócios, e Roberto Waack, fundador da Amata (empresa brasileira do setor florestal que fornece madeira certificada produzida de forma responsável e com garantia de origem), presidente do Conselho de Administração da Arapyaú (organização dedicada a articular redes que promovem o desenvolvimento sustentável) e membro dos conselhos consultivos da Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura e WWF Brasil.
A íntegra dos minidocumentários pode ser acompanhada nos players abaixo:
Para acompanhar a página da série Vale a Pena Perguntar acesse este link.
(Matéria originalmente publicada no Jornal da USP)